Era uma vez um monge que achava que Buda dava respostas pouco claras sobre questões importantes, por exemplo, o que é o mundo ou o que é um homem. Buda respondeu contando a história de uma pessoa que tinha sido ferida por uma flecha envenenada. Este homem nunca perguntaria por puro interesse teórico de que material é feita a flecha, em que veneno foi embebida ou a partir de que ponto ele fora atingido.
-Ele havia de querer que alguém lhe tirasse a flecha e tratasse a ferida.

  • É, não é? Isso seria existencialmente importante.
    Buda e Kierkgaard sentiam que existiam por um curto espaço de tempo. E como eu disse: nesse caso, não nos sentamos a uma escrivaninha a especularmos sobre o espírito.
  • Compreendo.
  • Kierkegaard disse também que a verdade é “subjetiva”. Não queria afirmar que é indiferente o que pensamos ou aquilo em que acreditamos. Queria dizer que as verdades realmente importantes são “pessoais”. Só essas verdades são “verdades para mim”


Jostein Gaarder

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+ A paciência é uma maldição de família. Há sempre um coringa que não se deixa iludir. Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele. - Jostein Gaarder

+ Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente ideia. (A garota das laranjas, p. 110). - Jostein Gaarder

+ Para que se deveria, em meio à grande ausência de limites, colocar a todo custo um limite qualquer? - Jostein Gaarder

+ No espelho da parede, vemo-nos passar sorrateiros na penumbra, vemos que nós mesmo somos os seres enigmáticos que queremos caçar - Jostein Gaarder

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