O Amor e a Morte

Sobre essa estrada ilumineira e parda dorme o Lajedo ao sol, como uma Cobra. Tua nudez na minha se desdobra — ó Corça branca, ó ruiva Leoparda.

O Anjo sopra a corneta e se retarda: seu Cinzel corta a pedra e o Porco sobra. Ao toque do Divino, o bronze dobra, enquanto assolo os peitos da javarda.

Vê: um dia, a bigorna desses Paços cortará, no martelo de seus aços, e o sangue, hão de abrasá-lo os inimigos.

E a Morte, em trajos pretos e amarelos, brandirá, contra nós, doidos Cutelos e as Asas rubras dos Dragões antigos.


Ariano Suassuna

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+ … que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. - Ariano Suassuna

+ Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas. - Ariano Suassuna

+ A humanidade se divide em dois grupos, os que concordam comigo e os equivocados. - Ariano Suassuna

+ Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas amargos. Sou um realista esperançoso. Sou um homem da esperança. Sei que é para um futuro muito longínquo. Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo. - Ariano Suassuna

+ Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém! - Ariano Suassuna

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