Tu és a esperança, a madrugada. Nasceste nas tardes de setembro, quando a luz é perfeita e mais dourada, e há uma fonte crescendo no silêncio da boca mais sombria e mais fechada.
Para ti criei palavras sem sentido, inventei brumas, lagos densos, e deixei no ar braços suspensos ao encontro da luz que anda contigo.
Tu és a esperança onde deponho meus versos que não podem ser mais nada. Esperança minha, onde meus olhos bebem, fundo, como quem bebe a madrugada.