Frases de Sylvia Plath

+ Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse – fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc –, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado. - Sylvia Plath

+ Devíamos nos encontrar em outra vida, no ar, Eu e você. - Sylvia Plath

+ Derrete-se na parede E eu Sou a flexa, Orvalho que voa, Suicida, que se lança Dentro do vermelho Olho, o caldeirão da manhã. - Sylvia Plath

+ Nuvens passam e se dispersam. São essas as faces do amor, pálidas irremediáveis? É por tanto que agito meu coração? - Sylvia Plath

+ Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos. Tudo o que vejo engulo imediatamente Do jeito que for, desembaçado de amor ou aversão. Não sou cruel, apenas verdadeiro – O olho de um pequeno deus, de quatro cantos. Na maior parte do tempo medito sobre a parede em frente. Ela é rosa, pontilhada. Já olhei para ela tanto tempo, Eu acho que ela é parte do meu coração. Mas ela oscila. Rostos e escuridão nos separam toda hora. - Sylvia Plath

+ Como precisamos de uma outra alma para nos agarrarmos. - Sylvia Plath

+ A perfeição é horrível, ela não pode ter filhos. Fria como o hálito da neve, ela tapa o útero Onde os teixos inflam como hidras, A árvore da vida e a árvore da vida. Desprendendo suas luas, mês após mês, sem nenhum objetivo. O jorro de sangue é o jorro do amor, O sacrifício absoluto. Quer dizer: mais nenhum ídolo, só eu Eu e você. Assim, com sua beleza sulfúrica, com seus sorrisos Esses manequins se inclinam esta noite Em Munique, necrotério entre Roma e Paris, Nus e carecas em seus casacos de pele, Pirulitos de laranja com hastes de prata Insuportáveis, sem cérebro. A neve pinga seus pedaços de escuridão. Ninguém por perto. Nos hotéis Mãos vão abrir portas e deixar Sapatos no chão para uma mão de graxa Onde dedos largos vão entrar amanhã. Ah, essas domésticas janelas, As rendinhas de bebê, as folhas verdes de confeito, Os alemães dormindo, espessos, no seu insondável desprezo. E nos ganchos, os telefones pretos Cintilando Cintilando e digerindo A mudez. A neve não tem voz. - Sylvia Plath

+ Devo conseguir que você devolva a minha alma; Estou matando a minha carne sem ela. - Sylvia Plath

+ Eu falo com Deus, mas o céu está vazio. - Sylvia Plath

+ Em momentos assim me consideraria uma tola se pedisse mais... - Sylvia Plath

+ É um daqueles dias que você tenta descrever, mas nunca consegue. Tem algo de cheiro de roupa lavada; de grama secando depois da chuva; tem algo do brilho quadriculado da luz do sol no pasto; do gosto fresco das folhas de hortelã na língua... - Sylvia Plath

+ Escorre pelo muro E eu Sou a flecha, Orvalho que avança, Suicida, e de uma vez se lança Contra o olho Vermelho, fornalha da manhã. - Sylvia Plath

+ Nem um dia passa sem notícias suas. - Sylvia Plath

+ Tenho escolha: fugir da vida e me desgraçar para sempre, pois não posso ser perfeita de cara, sem dor e fracasso, ou enfrentar a vida em meus próprios termos e "fazer o melhor possível". - Sylvia Plath

+ Quanto ao livre-arbítrio, resta ao ser humano uma fresta tão estreita dele para se movimentar, esmagado que é desde o nascimento pelo ambiente, hereditariedade, época, local e convenção social. - Sylvia Plath

+ Preciso usar meu cérebro no mundo, e não somente em casa, em coisas pessoais. - Sylvia Plath

+ Odeio dar dinheiro para as pessoas fazerem o que eu poderia estar fazendo com facilidade. Me deixa nervosa.⁠ - Sylvia Plath

+ ⁠O silêncio me deprimia. Não era o silêncio do silêncio. Era o meu próprio silêncio. - Sylvia Plath

+ Não posso ser todas as pessoas que quero e viver todas as vidas que quero. Não posso desenvolver em mim todas as aptidões que quero. E por que eu quero? Quero viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência. - Sylvia Plath

+ Minha vida, sinto, não será vivida até que haja livros e histórias que a revivam perpetuamente no tempo. - Sylvia Plath

+ Me sentia muito calma e muito vazia, do jeito que o olho de um tornado deve se sentir, movendo-se pacatamente em meio ao turbilhão que o rodeia. - Sylvia Plath

+ ⁠Espelho Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos. Tudo o que vejo engulo no mesmo momento Do jeito que é, sem manchas de amor ou desprezo. Não sou cruel, apenas verdadeiro — O olho de um pequeno deus, com quatro cantos. O tempo todo medito do outro lado da parede. Cor-de-rosa, malhada. Há tanto tempo olho para ele Que acho que faz parte do meu coração. Mas ele falha. Escuridão e faces nos separam mais e mais. Sou um lago, agora. Uma mulher se debruça sobre mim, Buscando em minhas margens sua imagem verdadeira. Então olha aquelas mentirosas, as velas ou a lua. Vejo suas costas, e a reflito fielmente. Me retribui com lágrimas e acenos. Sou importante para ela. Ela vai e vem. A cada manhã seu rosto repõe a escuridão. Ela afogou uma menina em mim, e em mim uma velha Emerge em sua direção, dia a dia, como um peixe terrível. - Sylvia Plath

+ ⁠como é frágil o coração humano – espelhado poço de pensamentos - Sylvia Plath

+ Chega de me encolher, gemer, resmungar: a gente se acostuma com a dor. Isso machuca. Não ser perfeita machuca. Ter de me preocupar com trabalho para comer e ter uma casa dói. Grande coisa. Estava mais do que na hora. Este é o mês que encerra um quarto de século para mim, vivido sob a mesma sombra do medo: medo de que não chegarei à perfeição idealizada: sempre lutei, lutei e venci, sem perfeição, com a aceitação de mim mesma como alguém que tem o direito de viver em meus próprios termos humanos e falhos. - Sylvia Plath